28 de março de 2010

E o Óscar vai para...




...Joseph Ratzinger, o feiticeiro! Pela sua maravilhosa prestação no "Domingo de Ramos".

A forma extraordinária como consegue transformar o facto de a Igreja Católica ter escondido e abafado, durante anos, casos de pedofilia em praticamente todos os continentes, numa perseguição à própria Igreja. As vítimas de pedofilia não tinham o direito, não se faz.

Segundo as palavras do próprio, hoje, a Igreja não se deixará intimidar.

Trata-se seguramente de uma perseguição sanguinária que estão a fazer à Igreja, de um acossamento sem igual. Como é que vítimas de abuso sexual se atrevem a acusar membros da Igreja dos abusos e, pior ainda, a Igreja de abafar esses abusos?!

A seguir vai dizer que esta é mais uma cruzada santa a juntar às existentes (e sempre justas como certamente se lembrarão) na história honrada da instituição.

Este senhor, a quem não reconheço qualquer autoridade, devia ter vergonha.

No entanto, admito que, dado o estado avançado de senilidade de que padece, não tenha sido ele a escrever o discurso.

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Já agora, é com especial prazer que aqui introduzo esta pequena consideração, uma vez que o sub-tema deste post é a hipocrisia:

Porque não passam filmes "porno" na televisão nacional? Não sabem? Eu respondo, porque possuem cenas de sexo explícito que não são permitidas e podem ferir susceptibilidades.

Mas, por outro lado, podemos assistir constantemente a filmes que mostram, sem pudor, defendidos por uma argola vermelha no canto do televisor, cenas de violência explícita. Pescoços cortados, pernas amputadas, fracturas expostas e olhos arrancados são cada vez mais frequentes na programação diária dos diferentes canais nacionais.

Talvez eu seja doido, mas a mensagem transmitida por cenas de amor e sexo explícito não é muito mais positiva do que aquela que é transmitida por cenas de violência explícita?

15 de março de 2010

Luta

As adversidades fortalecem-nos. Isto é, se não nos varrerem os pés do chão. A História está repleta de momentos que nos lembram isto mesmo.

A abolição da escravatura aconteceu em Portugal há pouco mais de 150 anos. Parece incrível, imaginem, se pensarmos nas gerações da nossa própria família, talvez não pareça ter sido assim há tanto tempo. A violência doméstica nem sempre foi considerada um crime e há países onde ainda é permitida. O holocausto está ainda bem fresco na memória de todos nós, e pelos piores motivos. Existem ainda no planeta pessoas que sobreviveram a isto. Hiroshima, Amazónia, Chernobyl e Auschwitz são nomes de locais que nos recordam a luta e as adversidades que alguns seres humanos tiveram que enfrentar. Tento imaginar o que sentiram os negros, obrigados a viver como animais, sem direito a opiniões ou a uma vida normal. Quantas mentes brilhantes se perderam porque as esterilizámos ou limitámos. E os Judeus? Será que um deles não teria descoberto a cura para o cancro ou a sida? Porque será que fizemos tanto mal a nós próprios?

Como eu dizia, as adversidades podem fortalecer-nos. Acho que as adversidades que alguns seres humanos tiveram que enfrentar acabaram por moldar a sua índole, o seu carácter, mas também alteraram o ADN da Humanidade de forma irreversível. Enfraqueceram-nos a todos. Juntos, teríamos sido mais fortes, teríamos saltado anos de ignorância.
É rídiculo, mas historicamente, as alturas em que se revelou mais a nossa ignorância não aconteceram nos primórdios, porque aí pudemos ver revelado o génio humano, das mais variadas formas. As fases onde fomos mais ignorantes foram, sem dúvida, a Idade Média, considerada por muitos, e a muitos níveis (cultural, social, científico), como a Idade das Trevas; e, na minha opinião, os últimos dois séculos, dois séculos onde provámos, dia após dia, que não merecemos viver neste mundo. Irrecuperável, é a palavra que se desenha na minha mente quando penso no tempo que perdemos.

Eu não quero perder tempo. A vida é demasiado curta. Em milhões de anos de história neste planeta, a nossa vida não representa mais do que um grão de areia no meio de um infinito deserto.
Quero amar intensamente, quero passar tempo com as pessoas da minha vida, com os meus amigos. Quero ser feliz, e sou, porque peço muito pouco.

As adversidades que me vão surgindo, os obstáculos que se colocam no meu caminho, não me interessam. Desprezo-os. Rio-me deles. Estou demasiado concentrado na minha vida para perder tempo com o que não interessa. Só eu sei o valor da minha vida e ninguém lhe vai dar mais valor do que eu. Posso estar morto daqui a 1 hora.
O que me interessa se o trabalho correu mal, ou se o meu clube perdeu? O que me interessa se está a chover no meu piquenique? Eu é que escolho como quero passar os dias em que tenho a sorte de respirar. Quero passá-los bem disposto.

8 de março de 2010

Diga?

Zé: Ouviste falar do tremor de terra na Turquia?
Quim: Sim! Já viste bem? O mundo está para acabar!
Zé: Que exagero! Não achas que estás a ser um bocado "fantalista"?
Quim: "Fanta" quê?
Zé: "Fantalista" pá! Significa que estás a ver fantasmas onde eles não existem!
Quim: Mas custou-me mesmo foi ver aquilo na Madeira! Uma tragédia!
Zé: Não viste logo o Sócrates a ajudar a malta!? Isto são só interesses! Nestas coisas da política "uma mãe lava a outra"! Aquilo acabou por ser bom para os dois.
Quim: "Mãe"?!
Zé: Sim. Tenho que te explicar tudo?
Quim: Bem, mas também foi bom para os Madeirenses esse apoio.
Zé: Sim, de certa forma, foi uma "almofada de ar fresco" para aquela gente!
Quim: Humm, pois, acho que sim que foi.
Zé: A verdade é que aquilo também tem muita "por paganda" à mistura.
Quim: Acho que já estás a divagar, não te parece Zé!?
Zé: A divagar??!! Pois fica sabendo que a "divagar" se vai ao longe.
Quim: Acho que não é bem assim o provérbio!
Zé: Olha, queres ver que agora sabes tudo, deves ser "ovnisciente" não!?
Quim: Queres dizer omnisciente certo?
Zé: Não senhor, quero dizer que tens a merda da mania como os gajos que vêem os ovnis e que acham que sabem tudo!
Quim: Eh pá! Não te enerves, esquece lá isso.
Zé: Não me enervo não, tenho que ter cuidado com os nervos!
Quim: Então?!
Zé: Fui fazer um exame ao "cu da são" e o doutor disse-me que tenho que andar mais calmo.
Quim: Quê!? Um exame a quem?
Zé: Ao "cu da são"! Não é brincadeira nenhuma! Posso ter uma "taquitardia", pelo menos foi o que ele disse.
Quim: Isso era capaz de ser grave, mas bom, se é tardia pode ser que ainda vivas mais uns anos!
Zé: Qu' é lá essa conversa pá! Vai de "metro" Satanás!!! Queres que vista o pijama de madeira ou quê!
Quim: Não, homem! Quero é que vivas muitos e bons anos. É que eu gosto falar contigo, deixa-me sempre bem disposto.
Zé: Pois, pois. Estás gozar à minha conta não é! Pois sabes que mais? Não me dilaceres com vitopérios inóspitos!
Quim: Quê!??

1 de março de 2010

Será um pássaro? Um avião? Não, é o Papa.




O Papa Bento XVI é esperado em Portugal a 11 de Maio. Não vejo nada de extraordinário neste facto. No entanto, há quem espere ansiosamente este dia.

Não pude deixar de constatar todo o rebuliço que se registou nas hostes católicas por todo o país. O Papa vem a Portugal. Uau! Assistia, num destes dias, a uma peça jornalística que mencionava a passagem do Papa por Portugal. Criou-se um logótipo para a passagem do Papa por Portugal!! Absurdo, no mínimo.

Mas o Papa é o quê, algum cometa?! Só volta a passar daqui a 120 anos?

Não me lembro se alguma vez isto tinha sido feito com o anterior Papa, o Papa Marioneta como o baptizei numa alusão ao facto de, nos últimos anos, se movimentar apenas preso por fios invisíveis, seguramente, parecendo uma marioneta sem arranjo.

Não sei se já tiveram oportunidade de verificar o site criado para a ocasião mas deixo-vos a sugestão: http://www.bentoxviportugal.pt/. Façam uma breve visita, registem mentalmente todo o "estaminé" montado à volta desta visita e, se quiserem, façam como eu e estabeleçam, a título de curiosidade, aquele que acham ser o preço de tudo isto. Façam aquilo que nós, portugueses, sabemos fazer melhor: um orçamento. Será que sou só eu que acho inadmissível esta ostentação de uma instituição que é suposto ter mais valores a Bolsa? Numa altura em que por todo o mundo se multiplicam actos de solidariedade vindos das famílias mais pobres,em resposta às catástrofes naturais que se têm abatido sobre algumas populações do planeta, a Igreja Católica monta um espectáculo caríssimo, exagerado. Só o palco gigantesco que estão a montar dava para reerguer milhares de casas no Haiti e na Madeira.

Mas isto digo eu, que não percebo nada do assunto.