29 de novembro de 2009

!

nao sei quando vais ler estil, tb nao sei se vais querer responder. so tenho de aceitar. magoa-me mas é uma decisao tua. nao sei o que dizer nem porque estou a escrever. mas a verdade é que nao consigo passar sem te dizer alguma coisa. a vida nao é facil e Às vezes muito dificil de a encarar. a verdade é que ultimamente fiquei muito magoada com algumas pessoas à minha volta. acho que por mais mal que faça ou tenho feito na vida nao mereço certas situaçoes. se calhar mereço sofrer... nao sei.tenho de desabafar, e por mais estranho que te possa parecer és a unica pessoa com quem me sinto bem a fazer. se calhar pela cumplicidade que sempre senti. há dias em que acordo e nao tenho vontade de levantar a cabeça pois nao consigo que nada me corra bem. nao sou feliz cmg propria. nao te sintas culpado. nao quero isso.a verdade é que depois de tantos meses ainda sinto a tua falta ao meu lado na cama, de te abraçar, do teu cheiro.... aiiiiii....por mais que tente nao consigo estar com mais ninguem. tive oportunidades para isso, mas nao consigo, pois nao era justo estar com alguem e nao ter sentimento.um destes dias estava na rua e alguém passou e tinha o teu cheiro. nao imaginas o que custou. nao te posso obrigar a nada nem tenho o direito. nao posso mandar na tua vida. tenho ciumes, admito. nao sei se tenho esperanças ou nao. mas se queres deixar de dar noticias, nao te posso pressionar para o contrario.claro que gostava de saber o que fazes, onde andas, com quem estás. poder controlar-te. mas quem sou eu para isso? ninguem.entre poder estar com uma pessoa que não amo, prefiro ficar sozinha. porque na minha vida só existiu um amor, nao vale a pena dizer-te quem... pois tu sabes bem.tenho dias em que olho para tudo e penso na melhor forma de deixar de fazer peso e dar problemas. é isso que eu sou, um problema. nao ha um dia em que nao deseje um amo-te ou um beijo. como te disse ontem tomei algumas decisoes e uma delas foi deixar de acreditar e dar confiança a uma pessoa. acho que as atitudes dele têm uma razao, que varias pessoas me disseram mas eu prefiro nao acreditar e pensar nisso pois nao quero.acredita que nunca tive qq tipo de envolvimento.nao me peças para te tirar da minha cabeça pois nao sou capaz. queria um ultimo beijo, queria muito. mas nao o queres, respeito. a lingerie que me deste nunca mais fui capaz de vestir, nao sei pk mas nao consigo. era para ti.peço-te que tenhas juizo, acaba o teu curso, nao desistas do teu futuro.se te quiseres afastar de mim e encontrar-te cmg uma ultima vez, eu gostava.pediste-me para nao ir mais ao teu trabalho no teu horario e vou fazer isso. nao quero que tenhas qq problema por minha causa.nao te chateies com ninguem por minha causa.nao é decisao nem vontade minha de deixar de te falar e sair da tua vida. mas se o quiseres terei de fazer e respeitar.se nunca tivesse aparecido na tua vida nunca tinhas tido tantos problemas. desculpa. nunca tive essa intençao nem fiz de proposito.nunca te esqueças que fui sempre verdadeira ctg, em tudo. caguei para o que as pessoas possam pensar. mas perdoei-te tudo e para mim apenas conta o bom que passei ctg. fui muito feliz mesmo.desculpa se alguma vez te fiz infeliz ou pressionei.nao te esqueço. es importante para mim e sofro com os teus problemas. ha pessoas que nao valem a pena qq perdao mas nao tenho qq raiva de ti e como te disse perdoei tudo. fica descansado que nao tenho qq ressentimento.ai nao queria parar de escrever mas tem de ser. ja deves estar a apanhar uma valente seca posso pedir-te um foto tua? nao é para mal nenhum. apenas par poder olhar para ti de alguma forma.quando mudares de casa e nao me quiseres dizer onde é, acredita que nao te vou perseguir para saber.cuida de ti!! descansa!! come, que de certeza que nao tens comido nada de jeito. eu conheço-te.um beijo muito grande onde quiseres. um abraço muito apertado. vou deixar-te algo que um dia escrevi e guardo:a saudade aperta, sufoca, estrangula-me as veias que estao prestes a explodir. o ar falta-me e a respiraçao torna-se cada vez mais ofegante.nada faz sentido...ocupo a cabeça com tudo o que posso mas nada me distrai o pensamento. ha um tempo atras estava lá, e tudo era perfeito. uma amalgama de sentimentos bons, uma sensaçao de cumplicidade. loucuras passadas entre olhares , toques e mais do que algum dia poderia ser passado. mas a perfeiçao nao existe e é passageira.o sentimento de alegria e cumplicidade foi-se desvanecendo como as nuvens aos sabor do vento. tudo se tornou estranho, impossivel e triste.mais dificil é esquecer e muito mais complicado é encontrar uma nova felicidade. nao, nao ha igual, parecido talvez, mas nunca vai voltar a ser o mesmo e o tempo nao volta atras. voava mas cortaram-me as asas.o cheiro voltou a entranhar-se, a sensaçao nunca saiu e o sonho permaneceu.sinto que um punhal me atravessa o corpo e que a minha alma de escapa lentamente pois ja nada faz sentido. aqui só a solidao e o silencio reinam imperiosamente e ficou apenas a saudade. é dificil viver a realidade. mais dificil é esquecer um sonho.o impossivel tomou conta de mim.
amo-te

16 de novembro de 2009

O Homem Social

Considero que o título desta mensagem representa todas as pessoas que me aborrecem com estigmas sociais. Isto pode parecer um cliché e certamente pensarão: "lá vem mais uma treta de conversa acerca de remar contra a maré ou ser diferente, ou da irreverência e trá-lá-lá...". Não é bem isso. Também eu tenho máscaras, como saberão os dois ou três leitores (sinto-me optimista hoje) das linhas que habitualmente decoram este sítio. Também eu sou, à minha maneira, um habitante da sociedade. Contudo, tento sê-lo sem exageros. Os preconceitos irritam-me e levam-me a pensar até que ponto o cinismo pode ser uma forma de vida (estranha, lembrando Amália, já que está in fazê-lo). Todos temos algumas barreiras, essencialmente profissionais, que não nos permitem libertar o máximo do nosso sadio potencial durante o dia. Apesar disso, não vejo motivos para levarmos essas barreiras para um jantar de amigos, por exemplo. Aproveito para "desenferrujar" o meu latim e lembro a máxima in vino veritas na qual eu acreditaria piamente se em vez de vinho falássemos de sexo. Bom, na verdade, se pudesse ser sexo depois do vinho eu não me limitaria a acreditar, antes construiria toda uma seita à volta desta ideia, tamanha é a verdade que ela encerra.
Aproveito sempre jantares ou situações de convívio para testar os limites dos que me rodeiam. Naturalmente faço-o de forma subtil. Experimentei algumas vezes falar do assunto "sexo", até mesmo com pessoas que conheço menos bem e apesar de toda a informação existente hoje, consigo sempre ver algumas faces a ruborizar, especialmente de senhoras, mas também de senhores. As senhoras, habitualmente, fingem não gostar do tema, mas lá vão perguntando a medo "como é que sabes isso?"ou dizendo à minha mulher uns venenosos "Tens que ter cuidado com o teu marido, que ele é especialista!" Os senhores, começam por gostar do tema, mas à medida que vão deixando de conseguir acompanhar a minha conversa, por desconhecimento ou timidez, começam a ficar chatos e a querer mudar de conversa, com medo que as suas companhias achem que, atendendo ao meu conhecimento profundo da matéria, eu seja um "nobel" na cama, o que não tem que ser necessariamente verdade. O melhor treinador do mundo (na minha opinião) nunca, enquanto jogador, foi além da mediocridade. Também é verdade que a maior parte das mulheres com quem falo, por muito que até quisesse (que eu duvido) provar um pouco do mel, teria medo de o fazer por preconceito ou por achar que lhes ia propôr algo tão estranho que elas não se sentiriam bem consigo próprias a fazê-lo. A verdade é só uma: o Homem Social é um tédio. A maior parte das pessoas com quem falo não sabe o que significa nenhuma destas coisas ou conceitos: dildo, strap-on-dildo, bbw, milf, gang-bang, saphic erotica, bondage, fuck-machines, real doll, podolatria -podia continuar a noite toda - e nem sequer conhecem uma das minhas estrelas porno preferidas (pela graça que tem) - Bridget "the midget". Nomes como Rocco Siffredi, John Holmes, Silvia Saint ou Jelena Jensen, não lhes dizem nada. Não estranho. Mas tenho vindo a descobrir que à medida em que a conversa vai subindo de tom nestes jantares onde eu disparato, lá se vai descobrindo que afinal há um ou outro nome que não é assim tão estranho, mas que ninguém quer admitir que conhece ou sabe. É este preconceito é que não percebo.
Se todos fôssemos um pouco mais honestos connosco próprios talvez pudéssemos permitir-nos um pouco de diversão da boa e da barata. Eu sonho com o dia em que depois de um magnífico repasto, entre amigos, o convívio perdure pela noite dentro. Eu diria, no final do jantar, um descontraído "E se tirássemos todos a roupa, só para ver o que acontece?" et voilá a orgia acontecia, naturalmente. E o mundo seria certamente um lugar melhor (suspiro).

E.T.: E pronto, lá arranjei maneira de não ter ninguém a jantar em minha casa nos próximos tempos.

13 de novembro de 2009

Lema de vida

Lemas de vida, máximas e conselhos só servem para quem os tem ou dá.
Passei algumas vezes por momentos de inigualável tristeza. A minha vida ainda não foi longa, espero estar ainda no primeiro terço. A minha mãe repreende-me sempre que eu brinco com temas como a Morte ou Deus, dois temas que me são caros: o primeiro porque o enfrentarei, é ínequívoco, o segundo porque é um equívoco, o maior da humanidade. Um dia virá em que me encontrarei frente a frente com a morte, e sairei certamente derrotado. Com Deus, não tenho a mesma certeza, jamais estaremos frente a frente. Não se pode enfrentar algo que não existe.
Dizia eu que sofri algumas tristezas. Todas com algo em comum: pareciam sempre muito piores que a anterior. Decidi, porque ninguém decide de mim a não ser eu, pese embora ter levado anos a entender isso, que as tristezas iam acabar. Ora, não se consegue acabar com espécie nenhuma de coisa, sem se saber a sua origem. Tentei perceber o que motivava a tristeza que sentia, pensei nisso dias e noites a fio. Não sei quanto às tristezas dos outros, mas as minhas, havia apenas uma coisa que as motivava: a perda. A perda de alguém quue nos deixou, a perda de tempo, a perda de uma rotina boa, a perda de alguém que tivemos que deixar para trás, a perda de algo ou alguma coisa, mas sempre a perda. Nunca mais passei por tristeza nenhuma.
Eliminei a perda eliminando a posse. Escolho nada possuir, nem ninguém, e não deixar que ninguém me tenha realmente. Não perco nunca. Não me lembro da ultima vez que me senti triste. Também não significa que ande sempre eufórico de alegria. Mas sou feliz controladamente. Como com a maior parte dos meus sentimentos. Efectivamente, não me considero posse de ninguém, não no sentido rebelde e romântico do conceito, mas no sentido de não estar preso a estereótipos. Também entendo, com justiça, que ninguém me pertence. Os meus amigos não são meus, não me devem nada, não há exigências. Sabem que não têm que passar tempo comigo, nem têm que me ligar no aniversário ou no Natal para serem meus amigos. A minha mulher é livre. Pode ir embora quando quiser, não me deve nada. O prazer de a ter comigo enquanto ela quiser basta-me. A verdade é que vivo sem laços e isso agrada-me.
Em duas fases etárias diferentes da minha vida, os meus melhores amigos nessa altura morreram. Quais seriam as probabilidades? Um morreu a voltar da escola, em frente ao pai, que nunca mais voltou a ser o mesmo: caiu para trás com a mochila às costas e partiu o pescoço (explicado de forma grosseira). O outro morreu no sofá de sua casa quando lhe rebentou uma veia no cérebro (mais uma vez, tecnicamente pode ter outro nome, mas foi mais ou menos o que aconteceu). durante alguns anos tive receio de ter um novo melhor amigo. Parecia trazer comigo uma maldição.
Sempre lidei de uma forma discreta com os meus sentimentos. Desde que deixei de ser criança que se contam pelos dedos de uma mão as pessoas que me viram chorar ou simplesmente triste, e talvez tivéssemos ainda que cortar um ou dois dedos dessa mão. Não me orgulho da proeza, porque ela é mais egoísmo que outra coisa. Se não houver laços não há perdas. Uns poderão alegar que se não me entregar às emoções não vivo de verdade. Talvez. Mas eu vivo bem a minha parte. Li algures que passamos cerca de 20 anos da nossa vida a dormir. Nesse campo posso afirmar que vou aumentar, se a Morte não me atraiçoar, o meu tempo de vida em 10 anos. Durmo metade do tempo. Vivo mais.
Chegamos por fim ao meu lema de vida: não perder tempo com tristezas e pessoas que nos levam a elas e acima de tudo, tentar não dormir muito, é um desperdício. Simples. O resto vem naturalmente.

9 de novembro de 2009

Roupa de Inverno

Resolvi fazer umas alterações ao velho modelo do UATAFAK.
Espero que gostem. Estou aberto a sugestões.

3 de novembro de 2009

1ª Resposta

Querida Morgana,

Recebi com agrado, mas sem surpresa, a tua carta. Sabia que depois de dois meses não poderias aguentar muito mais tempo. Não entendas estas linhas como descarada falta de modéstia. Sei que não aguentarias porque não está na tua índole, na tua boa índole, a incerteza e a falta de respostas. Sabia que de todas as dúvidas, de todas as perguntas, "porquê?" seria a que mais te tem assombrado. Não te posso responder directamente a essa pergunta. Pelo menos Hoje.
Não posso também, no entanto, deixar de referir algo que talvez te espante: não o fiz por ter deixado de te amar. Amo-te ainda e cada vez mais.
Os dias estavam a ficar estranhos para mim. Tens razão acerca da minha solidão, o teu ciúme é inteiramente justificado. Prefiro estar sozinho a estar contigo. E respondo já à pergunta que acabaste de fazer baixinho: não sei porquê.
Quando perguntas porque te deixei, estás a ser hipócrita. Não queres saber porque te deixei, mas sim porque deixei de te amar, porque era isso que receavas. E agora estás confusa, mais do que nunca, porque sabes que não deixei de te amar. Apenas preciso de estar só, não com outras pessoas, mas só. Sei que te perguntavas se eu aproveitaria este tempo para estar com outras pessoas. Duas coisas que te vou dizer e não quero voltar a repetir: eu vou aproveitar este tempo para estar só; e tu deves aproveitá-lo como bem entenderes, não quero saber.
Preciso de pensar e tu, apesar de não perceberes, também precisas. Mas aproveita para pensares se me amas realmente? Estranhas a pergunta? Pensa nisso. Aproveita para pensar o que é para ti o amor e se é o que sentes por mim. Vais ter tempo para pensar, não planeio voltar tão depressa.

Aguardo notícias ponderadas.

Ainda teu,

Goth

2 de novembro de 2009

1ª Carta.

Amor,

Escrevo-te porque a saudade dói e vejo, nestas linhas, uma forma de me anestesiar. Não sei porque partiste. Ainda hoje não sei porque partiste. Tenho pensado nisso sem descanso. Porquê? Lembro-me de te perguntar vezes sem conta porque andavas tão calado. Lembro-me de ver esmorecer, dia após dia, o brilho dos teus olhos. Lembro-me de te sentir, na cama, fazer amor comigo até deixar de ser amor. Passaste a satisfazer-me "maquinalmente". Hoje, olho para trás, e penso que foste como um peixe a quem tirei a água. Foste perdendo cor, brilho, desidrataste da vida do teu corpo, como da água, o peixe. Martirizo-me todos os dias por não ter percebido que estavas a sofrer. Mas como podia ter percebido? Amo-te e, como sabes, esse sentimento não nos deixa ver, nem mesmo o óbvio. Bom, talvez não saibas. Talvez não me tivesses amado. Nunca entendi o teu amor pela solidão. Nunca quis, talvez, entender porque rejubilavas sempre que tinhas oportunidade de ficar só. Acho que apenas só consegues ser tu, em pleno. Estou enganada? Diz-me se estiver. Sei que nunca me enganaste, e apenas me senti traída pela solidão que tanto amas. Tive ciúmes.
Custou-me perceber que, por vezes, preferias a solidão à minha companhia.
Mas ainda te amo. Lembro o dia em que me deixaste. Como se fosse hoje, ali estás tu, à porta, com as malas prontas a dizer-me que devo viver a minha vida sem ficar presa a ti. Que a nossa relação para ti continuará viva, que manterás o teu compromisso para comigo, mas que não poderias nunca exigir-me o mesmo, que não seria justo. Não entendi. Lembro-me de te pedir para continuarmos a falar, de te perguntar se podia entrar em contacto contigo quando quisesse. "Sim, mas só por carta" foi a resposta, enquanto anotavas a morada. Desde esse dia que olho todos os dias para aquele estúpido "post-it" amarelo.
Bom, aqui estou eu. Aguardo notícias tuas.
Sinceramente tua,
Morgana